insurgencia libertária

não pronuncie qualquer palavra sem paixão. Não pronuncie sem desconhecer-lhe o cerne, seu sígno mais abrangente. Sem medir sua gramática. Conheça, e cuide sempre muito bem da gramática de suas falas e de suas audições.

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

apocalipse

Neste inicio de século chegamos num momento de Juízo Final sobre todas as coisas que sustentam nosso 'orbe', diferenciado no contexto histórico. O filho do homem novamente no banco dos réus. Inocentes libertários, pacíficos insurgentes têm que se ocultar ainda uma vez, por ter obrado a libertação nos últimos séculos depois de mais de dois mil anos. Os messias todos que visitaram as várias línguas e culturas inseminaram a consciência com a revelação possível nos seus tempos, que agora brotando vai. Todos os universos então temem a voz “clarificadora” da natureza do Pai. Podem-se ir anéis e apodrecerem-se os dedos se de má qualidade. Por milênios condenamos alguns hábitos ruins e permitimos uma infinidade de códigos morais recheados de apostasias – num universo psico-social primitivo. Há pouco descobrimos que burlamos um dia a ordem natural das florestas, seus rios e suas nascentes, seus bichos e suas tocas. E entre tantas nascentes, tocas e florestas os berços humanos, os quais se denominam acima das florestas, e tudo o sagrado “pan-bioma”. Acima da chã-terra nossa mãe. Nas argamassas das produções humanas está um equivoco que ora é posto a prova. Mais uma vez, pela própria natureza das coisas. Nossa consciência social sofre uma devassa desqualificando regimes, sistemas, instituições, hábitos centenários e milenares, paixões e bandeiras. Os adolescentes se insurgem contra tutores impotentes. As referencias soam descabidas. Uma sentença mais absoluta rondando os tribunais à revelia de todas as leis instituídas, nas praças, esquinas, e vilas. Aos poucos se revela o Juízo Final. A consciência messiânica brotará como fogo das bocas dos loucos poetas de coração libertário, agnósticos e ateus, depois desta penosa gestação do juízo final sobre cada coisa entre nós à revelia do poder constituído. Neste tempo de gestação vogam a imprudência e a insanidade, o descaramento e a corrupção de todas as palavras de amor, amizade e moralidade. Hora de a defesa orar a favor dos humanos livres, independente de seus crimes. Loucos nascem ainda, neste tempo de promiscuidade religiosa, magistral e moral. Grandes almas que a natureza insiste em fazer brotar - exemplares das que foram encarceradas por milênios de insanidade da Besta ornada de ouro e retóricas sedutoras nos púlpitos magistrais, pastorais. A besta que agora deixa cair finalmente a mascara para escândalo, conformação e conivência do povo. Deixa a besta cair sua mascara de musa magistral, pastoral e moral. Ao sábio resta serenidade e calma, manter a lucidez presente e o coração tranqüilo, às portas do inferno.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse finalzinho me lembra algo que ouvi na faculdade, é um lema do professor, parece:
"É preciso manter a mente aberta, a coluna ereta e o coração tranqüilo."
Sendo este último o mais difícil na minha opinião.
Obrigada pelos abraços de cumplicidade, outros para você.