insurgencia libertária

não pronuncie qualquer palavra sem paixão. Não pronuncie sem desconhecer-lhe o cerne, seu sígno mais abrangente. Sem medir sua gramática. Conheça, e cuide sempre muito bem da gramática de suas falas e de suas audições.

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quinta-feira, 10 de maio de 2007

perdoar o mundo

Na peleja com a vida, mais vale refugiar-me no nada;
a mais absoluta entrega à situação do labirinto.
Com serenidade observar o estrago que a natureza
traça no meu ego mais precioso,
que esperar que um altíssimo imaginado
revele apenas o que eu suportaria.

Pois na bonança o diabo opera.
Mas no tormento profundo soa-me uma operação divina.

Assim observa-nos o nosso terceiro olho
que não alcançamos com os sentidos.
A arte mais inusitada é a sentença que revela sem palavras.
A surpresa da vida escancarando-se.

Desde então cada palavra precisa ser revista
Pois é hora de desqualificar caras palavras
A fim de matar o vício de fera
que se aloja na maquiagem das palavras

Antes de tudo, a partir de agora...
perdoar o mundo
Entender porque a sociedade caminha
para uma turba de bestas


Olhar o humano nas turbas
Buscar as tribos
Antes de tudo perdoar suas palavras;
das menos às mais qualificadas

Deixar-se aproximar do coração humano da besta.
O coração da besta: seu único instrumento de cura.
Seu calcanhar de aquiles

desarmonia divina, parte um

Não ha oráculo que possa prever boa ventura, ou que de uma resposta que aponde caminhos, não ha reza capaz de salvar, nem simpatia que possa desarmar, nem terapia ou análise capaz de destravar a psique de uma pessoa quando toda em seu traumas mais fecundos, seus bloqueios mais intrínsecos, que alicerçam princípios equivocados para sempre em sua formação. Todo ser humano alcança aquela idade quando despontam claramente seus limites mais intransponíveis. Quando todo o seu talento tende ao desperdício. As pedras no caminho e a própria história contingente de um indivíduo e a historia cultura de seu meio são os provedores que moldarão seu espírito. Somos todos resultados de uns mil fatos que vão nos empurrando a pensar, a tomar medias, a aceitar princípios, seguir direções, e tudo isso vai construído nosso universo desde a infância até a maturidade. Daí que algumas falhas, algumas feridas profundas, algumas questões não encontram respostas em seu vocabulário psíquico, alguns traumas nunca percebidos, bloqueios profundos jamais identificados e muitos menos decifrados, vão alicerçando sua alma, serão partes de sua própria personalidade.
São tão parte de si tais bloqueios e traumas que se desconstruidos provocariam a sua própria ruína e todos o seu ser se auto-destruiria.
Há limites para cada um de nos e esses limites não nos incomoda até que um desafio na maturidade põe em cheque toda a nossa auto-confiança. Talvez também por isso os idosos são normalmente pessimistas. A questão mal resolvida e sem solução ao longo da vida fica ecoando no pensamento.

desarmonia divina parte dois

Assim para certas carências de uma pessoa, para certos fracassos, não há oráculo capaz de prever boas venturas, não ha simpatia capaz de desamarrar, não há reza ou benção que possa afastar tais males, e toda a ciência psiquiátrica atual ou futura nada pode ou poderá fazer.
Ai vale a teoria que vislumbra um fenômeno acontecido há milhões de anos a um filos de primata que contraiu uma doença quando um vírus se instalou em seu cérebro e contaminou todos os outros. Todos os animais que não humanos não precisam de tapinhas no bumbum pra aprender a respirar quando choram, nem precisam de que lhe apertem o narizinho pra aprender a sugar o leite da mãe, nem de andador pra lhe amparar os primeiros passos. Pois há um mecanismo instintivo que são dotados todos quando nascem restando aos pais passar, instintivamente, apenas alguns códigos de defesa e sobrevivência. Mas um vírus se instalou no cérebro daquela espécie de primata e ao longo de centenas de milhares de anos foi-lhe amputando tais capacidades instintivas e a natureza então promoveu caminhos de adaptação desenvolvendo uma faculdade que nenhum outro animal até então experimentara: a faculdade mental de pensar a multi-interpretação de tudo o que há.
Assim somos nós humanos. Esse animal inquieto que nasce e vive toda a sua vida em busca de uma complementação, de algo que perdemos há milhares de anos. Inquietos e angustiados uma boa parte de nossas vidas a buscamos há milhares de gerações a cura desta doença;
Acabo por pensar que, talvez, a evolução natural seja uma desarmonia, que a doença é a própria vontade de poder, a própria existência, que a vida seja como uma chama ateado num punhado de lenha, e de então a chama cresce, e cresce e cresse até incendiar toda a montanha de lenha, produzindo uma esplendida e fabulosa chama que ilumina todo o campo. Mas a chama vai aos poucos consumindo seu próprio combustível, a lenha, até que não reste mais que cinza e tudo se acaba.
Talvez a vida seja uma chama que consome todo a na energia que lhe propicia existir e seja a própria evolução a intensificação desta chama que cresce, cresce até consumir toda a sua energia e reste apenas cinzas e tudo se acabe.

desdogmatize-se

Em toda cultura consagrada há um erro, um engano, um vício social, oculto sob hábitos que se praticam todos os dias sem se dar conta. Herança de um acerto desonesto e enganador fechado há muitas gerações. Por esta velha ordem é justo condenar um semelhante por lhe faltar uma só talento: o de aceitar sem questionar o erro que todos comentem e do qual se vangloriam como virtude. Na velha ordem se condena e se exclue muitos que trazem o germe da libertação. Pois assim se revalida perpetua o termo dialético que mantém um erro, um engôdo, um vício social que todos praticam sem derem conta. A ignorância envenena e mata pouco a pouco as oportunidades de salvação e libertação, as chances de mudar as coisas. Há então uma universidade, um adestramento nasa entre aulas de cursos superiores que justifica, revalida e perpetua tais práticas.