insurgencia libertária

não pronuncie qualquer palavra sem paixão. Não pronuncie sem desconhecer-lhe o cerne, seu sígno mais abrangente. Sem medir sua gramática. Conheça, e cuide sempre muito bem da gramática de suas falas e de suas audições.

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quinta-feira, 10 de maio de 2007

perdoar o mundo

Na peleja com a vida, mais vale refugiar-me no nada;
a mais absoluta entrega à situação do labirinto.
Com serenidade observar o estrago que a natureza
traça no meu ego mais precioso,
que esperar que um altíssimo imaginado
revele apenas o que eu suportaria.

Pois na bonança o diabo opera.
Mas no tormento profundo soa-me uma operação divina.

Assim observa-nos o nosso terceiro olho
que não alcançamos com os sentidos.
A arte mais inusitada é a sentença que revela sem palavras.
A surpresa da vida escancarando-se.

Desde então cada palavra precisa ser revista
Pois é hora de desqualificar caras palavras
A fim de matar o vício de fera
que se aloja na maquiagem das palavras

Antes de tudo, a partir de agora...
perdoar o mundo
Entender porque a sociedade caminha
para uma turba de bestas


Olhar o humano nas turbas
Buscar as tribos
Antes de tudo perdoar suas palavras;
das menos às mais qualificadas

Deixar-se aproximar do coração humano da besta.
O coração da besta: seu único instrumento de cura.
Seu calcanhar de aquiles

Um comentário:

Anônimo disse...

"A fim de matar o vício de fera
que se aloja na maquiagem das palavras"
Nossa, fiquei imaginando como não consegui escrever isso primeiro...acho que seria bom negociarmos palavras...Que tal trocarmos algumas frases? você escreve do jeito que eu gosto!
Abraços, Elizabeth